A HISTÓRIA DE CODÓ
O Município de Codó encontra-se situado na região do cerrado maranhense, com uma extensão territorial de 4.364,499 km2 e população de 115.098 habitantes (IBGE-2006). Encontra-se distante da capital São Luís 290 km.
O Município é banhado por três rios: Itapicuru, Codozinho e Saco, que se constituem em excelente manancial hídrico. Distingue-se a cidade alta e a cidade baixa, sendo linha divisória entre elas, o Riacho Água Fria, hoje extinto, servindo apenas como canal para escoamento da águas de chuvas e dejetos humanos.
Codó localiza-se a uma altitude de 47m acima do nível do mar o que lhe proporciona um clima tropical úmido sobretudo nos meses de maio a agosto a temperatura é baixa durante a noite.
COMO TUDO COMEÇOU
Primitivamente o local era habitado pelos índios Barbados e Guanarés. Em 1688 chegou ao Maranhão um padre português chamado João Vilar, acostumado a catequisar índios do Xingu e de muitos aldeamentos. Religioso e pregador insigne, antes de chegar a Codó, João Vilar encaminhou-se para a aldeia de São Miguel, hoje Município de Rosário. Os Guanarés foram até São Luís pedir ao Bispo um evangelizador e o mesmo mandou João Vilar, que embarcou em uma canoa com o Padre Gonçalo Pereira, o irmão Antonio Gonçalves, o Capitão Francisco Soares que era um grande amigo dos missionários e oito índios Guanarés. Nas proximidades da atual cidade de Codó, terra ainda habitada por indígenas incultos, João Vilar salta em terra junto com seus companheiros. No mesmo dia em que chegou à tribo, quando já era noite, os Guanarés entraram em conflito com a tribo Urubus e no meio da guerra entre os selvagens estava João Vilar orando. Os índios avançaram sobre ele usando a macana, uma arma perigosa, dando início a uma batalha sangrenta, onde João Vilar foi morto no dia 27 de agosto de 1719. O Padre João Vilar foi o primeiro a pisar no solo codoense e o primeiro a dirigir palavras de paz aos índios que aqui viviam e, como homenagem à sua memória, no dia 6 de agosto de 1935, o Prefeito João de Souza Almeida baixou um decreto considerando o Padre como um dos primeiros colonizadores da cidade, eternizando na memória de todos os codoenses, a lembrança daquele que tingiu com o seu sangue o solo de Codó.
O marco inicial de Codó foi a construção de um depósito de taipa coberto de palha, às margens do rio Itapicuru. Um dos principais colonizadores a chegar ao município em 1820 foi o Comendador José Luis Nicolau Henrique, cognominado de Paul Real ou Pau Real.
Durante a entrada dos Jesuítas, principalmente quando fundaram as Aldeias de Paz, os acompanhavam muitos portugueses em busca de aventuras que, após a realização dos trabalhos de catequese, ali se estabeleciam com muitos escravos, dando origem a uma Vila, subordinada ao povoado de Urubu, que por sua vez era Termo de Caxias. Em 19 de abril de 1833, através da Resolução Régia, o lugar foi reconhecido Vila, posteriormente confirmado pela Lei nº 07 de 29 de abril de 1835, quando era Presidente da Província do Maranhão na época, Antonio Pedro da Costa Ferreira. Três anos mais tarde, a 21 de julho de 1838, o Presidente da Província do Maranhão, Vicente Thomas Pires de Figueiredo Camargo, sancionava a Lei nº 68, transferindo a Vila do Urubu para as denominações da Vila do Codó. Foi necessário mais de meio século, precisamente, 58 anos, para que se elevasse à categoria de cidade a Vila de Codó, através da Lei nº 133 de 16 de abril de 1896.
A REAL PROCEDÊNCIA DE CODÓ
A real procedência do termo Codó tem sido debatida quanto a sua significação. O nome Codó, segundo a opinião do professor Fernando Carvalho no Relatório Histórico da Caixa Econômica, significa: atoleiro, brejo, lugar de charco. Outra versão defendida pelos moradores é que o nome se originou da existência de uma ave denominada Codorna ou Codorniz, que havia em abundancia nos primeiros tempos na região. Afirmam outros pesquisadores que o nome Codó é originado do Sudão Setentrional Africano, onde fica localizada a cidade de Kodok de onde vieram os negros escravizados.
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